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sexta-feira, 2 de abril de 2021

ACABA JINGUBA

Já não me lembro de onde consegui as mandioqueiras que "pulavam" de quintal em quintal no Zango 4. Primeiro em casa da minha mãe, depois na "obra" e, por fim, no "Parque de estacionamento" da Kam&mesa.

Por muitas vezes nos deu kizaka. Porém, mandioca doce, nada!
A velha Maria diz que a tal mandioca pode ser pesada e de bom tamanho mas "fuba que é fuba nada!".
Apelei no grupo dos "da lavra":
- Manos, faxavor! Alguém me arranja lá mandioqueira que dá mandioca recarga?
Recarga é aquilo que umas manas vendem nos saquitos, na estrada, e que dizem ser "tiro certo" para os amantes do txuku-txuku.
Meu mano Tchoya disse:
- Mano, ainda espera. Vou arranjar.
No dia em que fui me codornizar em casa dele deu-me dois pauzitos.
- Mano, a irmã do Nambuangongo, a quem pedi por sementeira de mandioqueira, disse "essa aqui é acaba jinguba". Acrescentou que "kutowala sukidi ndenge" (sua doçura é maior do que açúcar). Explicou também que "deve recortar em pedaços de +- 20 cm e plantar horizontalmente".
- Está bem mano. Respondi na hora em que já tínhamos bebido duas pomadas, primeiro o chará dele e depois o meu chará, que acompanharam os passarinhos e a fubada.
Bem, cumpri hoje. A "acaba jinguba" está enterrada no solo e espero que germine. Quanto à que só dava kizaka, ficou desactivada.