Translate

domingo, 23 de junho de 2019

CAJÁ-MANGUEIRA NA PEDRA ESCRITA

Com o intuito de levar leitura às meninas e meninos da aldeia de Pedra Escrita (Libolo, Munenga, EN240) levamos blocos de cimento que nos permitirão construir uma "biblioteca rural" naquela comunidade.
 
Em vez de fazermos ao lançamento da primeira pedra, decidimos plantar a primeira árvore frutícola, podendo ser o início de um outro projecto a levar a cabo na aldeia que "se desfez da vegetação primitiva" e se esqueceu do povoamento arbóreo alternativo.
A cajá-mangueira, arvore que vou espalhando, já está na aldeia de Pedra escrita, esperando que os "padrinhos" (um menino e um adulto) cuidem dela como cuidam de cães-para-caça.
 

sábado, 25 de maio de 2019

HISTÓRIA DA MANGUEIRA DE PEDRA ESCRITA

Em 1987, Junho, regressei ao Libolo (tendo como destino inicial a aldeia de Perda Escrita, recém criada), procedente de Luanda.
Na mesma semana plantei um abacateiro no alambique (lavra do Limbe) e o "pai Raimundo" (Manuel Carlos da Silva) plantou a mangueira no terreiro de sua casa. Ainda ajudei a regá-la até que parti para Kalulu, onde permaneci até 1990, deslocando-me parcas vezes à Pedra Escrita em ocasiões de férias escolares. A mangue...ira, única árvore de longa vida que se vê na aldeia, ainda está aí, a reclamar companhia de outras frutícolas.
É debaixo dela que os meus familiares se reúnem. Afinal a velha Nzumba (Alcinda Cazenza, na foto) é a matriarca da família.
Na aldeia, para abordar assuntos comunitários, como sempre, beneficiei, mais uma vez, da sombra dessa árvore e perguntei-me (a mim mesmo): por que não se plantam mais árvores, tendo as crianças como padrinhos?
Se assim se fizer, a aldeia ganhará vida. Pois água não falta (apesar dos cabritos que ameaçam as plantas de pouca altura).

terça-feira, 2 de abril de 2019

TOMBOS E COMPENSAÇÕES

A acácia americana, aquela árvore parecida à tamarineira mas que não dá fruta, tombou forçada pelo vento. Felizmente foi ter à vala e não provocou danos à habitação.
Bebendo da experiência do vizinho do leste que ano após ano perde eucaliptos derrubados pelo vento (afinal as raízes são fasciculadas), decido, antes que o azar me batesse á porta derrubar o eucalipto. Levava dez anos, diâmetro de 75cm e mais de 20 metros de altura. Também tombou transformando-se em uma "ponte" sobre a vala de drenagem das águas pluvi-urbanas da vila de Viana.
Para a recompensa, plantámos mais bambus e cajá-mangueiras ao longo do meu espaço junto à dita vala.