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domingo, 8 de maio de 2011

A ROSEIRA QUE VIAJOU DO LESTE

Quem nos idos de setenta e oitenta do sec XX visitou fazendas de alemães no Libolo pôde desfrutar-se de ambientes ímpares. Uma coleção de árvores frutíferas que enchiam as crianças de água no boca. Um cheiro aromático e espaços cobertos de flores multi-cores. Autênticos paraísos dos nossos dias de "Undenge".

A degradação, a falta de zelo pelo que nos foi legado e a arrogância do que nada sabem, levou terra abaixo todo aquele património. Duvido que nos meus dias alguém consiga restaurar aquelas belas "vistas" da Fazenda Madame Lina (tb. conhecida por Senhora Kassenda) ou das trepadeiras florescentes do Ngana Mbundu (Walter Kruk) de que só restam saudades daqueles que não poderam desfrutar ao máximo, como foi o meu caso. Era pequeno quando me foi dado a ver o pouco que restava.

Sencibilizado pela beleza das árvores e pelo tranquilizante clima que proporcionam, vou coleccionando árvores frutícolas, plantas ornamentais e outras que julgo me darão, a médio prazo, um clima que leve meus filhos e sobrinhos à inspiração e MEDITAÇÃO

E desta vez levo na bagagem uma roseira que espero venha a sobreviver da altitude e falta de ar (pois viaja de avião da LUNDA SUL ATÉ LUANDA).