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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

UM ABACATEIRO E PÉ DE CANA PARA NOVAS ESTÓRIAS

Ano e meio depois, voltei à aldeia de Pedra Escrita, comuna da Munenga, município do Libolo, província do Kwanza-Sul, Angola.
O meu espanto inicial foi que a lavra da minha mãe estava toda apossada de capim seco e apenas metade da sua extensão tinha mandioqueira bem tratada.
Não a tendo encontrado na lavra, que fica a dois quilómetros antes da aldeia, rumamos, Beto Spina e eu à aldeia onde a encontramos saudável. Sábado foi um dia friorento, por isso, poucos ousaram deixar a aldeia. Os aldeões, dos idosos às crianças, estavam todos acossados pelo frio que encontrava terreno fértil.
Apresentada a razão da visita, e quando nos preparávamos para partir de volta a Luanda, eis que ela, Maria Canhanga, nos convidou para irmos ver a nova lavra que ficava a uns 500 metros da aldeia. Tem mandioqueiras, milheiros, cana-de-açúcar, bananeiras, etc.
- É aqui que vou trabalhando, agora que as pernas não permitem tanto, devido ao reumatismo. - Explicou enquanto retirava milho e mandioca para presentear os netos na capital.
 
E como manda o meu hábito de levar um pouco do campo ao meu quintal, em Luanda, aqui está a "cabeça" da cana. Esperando que germine e permita contar outras estórias.
Já agora, o meu micro pomar (zona interior e exterior do meu quintal) ganhou um novo abacateiro.