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domingo, 1 de dezembro de 2013

AS BANANEIRAS E AS MANDIOQUEIRAS DO MEU QUINTAL

O cacho de bananas está quase a amadurecer. Está bem criado, como dizíamos na fazenda. A bananeira tem três filhotes (mais dois) do que havíamos  anunciado.
 
Decidi também substituir as mandioqueiras que estavam dentro e fora do quintal por outras. A kizaca (folhas) nunca era recolhida e a mandioca é amarga. Tive de levar mandioqueira que, comprovadamente, produz mandioca doce.

A videira tem sete cachos. Desta vez um dos cachos deverá ser meu. Já ordenei.

Estamos a preparar mais maracujazeiros para substituir o reinante e também mais roseiras e acácias vermelhas.

O problema do momento chama-se espaço. Já estamos a fazer uma renovação por troca. Ou seja: eliminamos redundâncias ou plantas de qualidade "inferior" por outras mais atraentes.
 
Quem me dera ter mais terreno!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

UM CACHO NO TEMPO PREVISTO

A bananeira lá de casa já tem um cacho. Curto mas promissor em termos de doçura. A banana de casa tem sempre um sabor diferente.

Já são dois filhotes que vão substituir a planta levada de Catoca, Lunda Sul. Com a chegada próxima da chuva, outros rebentos nascerão à volta.
 
A videira também vai dando o ar de sua graça, apesar das condições difíceis (terreno muito seco). Tem a folhagem seca mas já se deslumbram dois cachitos de uvas.

Assim vai o meu agro-hobby caseiro.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

AVANÇOS E RETROCESSOS

A cana secou. Triste. Vamos, em tempo hábil e próprio, substituí-la.
Um dos eucaliptos também não resistiu à fúria solar. Encontraremos substituto.
O abacateiro colocada também nas traseiras do quintal apresenta indícios de doença. Está entre a vida e morte, se a chuva não se apressar. Tem igualmente planta substituta num vaso ou mesmo uma.

Colhem-se maracujás quase todos os dias. Que maravilha para a miudagem!
- Papá quero fruta senão não irei à creche. - Ameaça brincalhão o caçula Arlindo.
- Papá eu quero goiaba. - Riposta a Princesa enciumada.
 
O certo é que há sempre duas maracujás e duas goiabas para os mais pequenos que se deliciam.
 
E ia me esquecendo: a bananeira tem um cacho e dois filhotes. Com o chegar da chuva haverá mais para contar.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

UM ABACATEIRO E PÉ DE CANA PARA NOVAS ESTÓRIAS

Ano e meio depois, voltei à aldeia de Pedra Escrita, comuna da Munenga, município do Libolo, província do Kwanza-Sul, Angola.
O meu espanto inicial foi que a lavra da minha mãe estava toda apossada de capim seco e apenas metade da sua extensão tinha mandioqueira bem tratada.
Não a tendo encontrado na lavra, que fica a dois quilómetros antes da aldeia, rumamos, Beto Spina e eu à aldeia onde a encontramos saudável. Sábado foi um dia friorento, por isso, poucos ousaram deixar a aldeia. Os aldeões, dos idosos às crianças, estavam todos acossados pelo frio que encontrava terreno fértil.
Apresentada a razão da visita, e quando nos preparávamos para partir de volta a Luanda, eis que ela, Maria Canhanga, nos convidou para irmos ver a nova lavra que ficava a uns 500 metros da aldeia. Tem mandioqueiras, milheiros, cana-de-açúcar, bananeiras, etc.
- É aqui que vou trabalhando, agora que as pernas não permitem tanto, devido ao reumatismo. - Explicou enquanto retirava milho e mandioca para presentear os netos na capital.
 
E como manda o meu hábito de levar um pouco do campo ao meu quintal, em Luanda, aqui está a "cabeça" da cana. Esperando que germine e permita contar outras estórias.
Já agora, o meu micro pomar (zona interior e exterior do meu quintal) ganhou um novo abacateiro.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

SENTINELAS PARA "MARCAR" TERRENO

Domingo, dia 07 de julho, foi dia de campanha.
 
A manhã foi marcada pelo plantio de duas sentinelas (árvores) que se situam nos dois extremos da parte de fora, junto à ruam do meu quintal.
 
A tarde, embora cansado, foi marcada pelo corte e queima de capim na parte traseira do quintal, junto à vala de escoamento de águas pluviais, e início da vedação do espaço preventivo de 3 metros de largura e 20m de comprimento que separa a vala do quintal.
 
"Um homem não deve passar o dia como se fosse uma camisa na mala", dizia meu finado pai. Para mim, todos os dias são de labuta, ainda que fazendo pequenas coisas.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

DESPERTAR AO CHILREIO DOS PÁSSAROS

 
Quando essa bananeira (foto) saiu de Catoca, Lunda Sul, era um "botão" com poucos centímetros. Hoje já tem um rebento e o primeiro cacho está para breve.
Agricultura é paciência. É "correr por gosto".
Aos meus amigos que me dizem para "deixar o bairro (Viana) e ir ao Nova Vida", digo que é isso que me retém no bairro.
Gosto de seguir o crescimento das minhas plantas, colher as primeiras frutas e ouvir o chilrear dos passarinhos logo pela manhã. São os meus despertadores, algo que jamais terei no quinto andar do edificio público e com espaço limitado.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um olhar ao pomar

A bananeira rocha já tem um filhote.
A goiabeira está no auge com suas doces goiabas que as crianças muito apreciam.
A videira tem mais um cacho. É pena que ela só dá um de cada vez. Preciso saber o que se passa.
A mandioqueira atingiu dois metros. É demais. Esse arbusto não cresce tanto assim. Plantei mais mandioqueiras fora do quintal (zona trazeira da casa).
Outro maracujueiro já tem uma fruta.
O abacateiro do quintal também desafia os ares embora demore mais algum tempo para das os primeiros frutos.
As roseias sempre a florirem.
Os eucaliptos somam e seguem a "caminho do ceu".
Na QB, minhas terras no Libolo, a obreira Maria Canhanga contratou uns tarefeiros para mais empreitadas. Já colhemos mangas. Este ano podem ser abacates. As laranjeiras é que demoram muito por falta de enxertia.

segunda-feira, 11 de março de 2013

É CHEGADA A FASE DAS FRUTAS

Este ano, 2013, recebi uma comunicação de que a mangueira e anonácea plantadas na minmha antiga casa, na Zona da Caop C, em Viana, já exibiram as primeiras mangas e sape-sape. Embora a casa esteja arrendada, o meu filho Luciano Delfim recebeu alguns destes frutos e pôde deliciar-se.

Roseira de porcelana: Foto de Princesa Canhanga
 
Na casa em que construo, também em Viana, deppois dos já habitauis maracujás e do primeiro cachinho de uvas, é chegada a vez das goiabas. A árvore está recheada e só falta mesmo amadurecerem.

Aliás, o Arlindo já faz mania de não pretender ir à creche sem levar uma goiaba.
 
 
 
 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

FINALMENTE UMA NESPEREIRA

Depois de muitas voltas à cabeça sobre onde encontrar lugar para plantar a nespereira, encontrei um espaço onde a relva deu cabo de uma planta decorativa.
 
O Sulco (buraco) recebeu a cobertura de um balde de plástico com o diâmetro de meio metro para servir de barreira à progressão, sempre oportunista, da relva. Lá no meio está a árvore que, por ter chegado tarde, não encontrava espaço para a sua plantação, embora de estrema utilidade para o "bosque e pomar da minha imaginação".
 
E, na ocasião, mais um eucalipto foi lançado ao solo, perfazendo um total de quatro árvores da espécie que estão no espaço traseiro ao quintal.

E falando sobre plantas, vou me habituando a pronunciar anonácea em vez de sape-sape (anona).

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O BOSQUE DA MINHA MENTE

Cresci no meio de árvores e mentalizei-me que uma boa casa pressupõe a existência de árvores e o chilreio de passarinhos. Ao rememorar minha infância, quase sinto o cheiro das flores no tempo chuvoso.
O bosque da minha casa
A minha primeira infância foi na fazenda Kitumbulu de meu avó paterno, Fernando Dambi, também conhecido por Ngana Muriangu ou ainda Kapuku. Kitumbulu fica a sul da comuna da Munenga, próximo do rio Longa.
 
Aos 04 anos mudámo-nos para a Fazenda Israel, actual Fazenda Hoji-ya-Henda, onde fica hoje a aldeia de Pedra Escrita. Tive ainda outras experiências nas visitas à fazenda da alemã Sra. "Kasenda" (nome atribuído pelos locais), a fazendas no Mussende (Kalulu) e tantas outras.
 
Ao longo da minha vida conheci um mundo vegetal exótico, fascinante. Quis ter um exemplar de cada planta que vi e que marcou a minha vida.
 
Parte da casa e a extremidade da borracheira
Num espaço de aproximadamente 60m2, que separa o muro do quintal da minha casa e a vala de drenagem de águas pluviais, e no próprio espaço do meu quintal, vou plantando o que posso, o que as características do solo permite.
 
Dentro do quintal tenho uma videira que já está no seu segundo cacho de uvas. Há ainda uma goiabeira, várias roseiras, uma bananeira, uma borracheira que suporta a videira, dois maracujoeiros, uma pitangueira, um cajueiro (este parece que não quer crescer), uma anonácea (árvore que da sape-sape ou anona), uma mangueira, uma tanjarineira  e um limoeiro. A laranjeira secou (que pena). Há ainda um abacateiro, duas jaqueiras e uma gajajeira, uma amoreira, duas mandioqueiras, dois cedros e várias outras espécies decorativas, dentro do quintal.
 
Lá fora, nos 60m2 que podem crescer para 90m2: uma acácia decorativa e uma silvestre, três eucaliptos, uma tamarineira e bambús. Agora que a água é de graça, pois chove abundantemente, vamos ensaiar outras plantas que se adaptem ao solo. Aliás, falta espaço para as nespereiras, as sentinelas e os pinheiros que se desenvolvem lindamente no viveiro.