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domingo, 12 de janeiro de 2025

A BANANA-PÃO

Também conhecida como banana-da-terra, é originária do sudeste asiático. Ela é uma excelente fonte de potássio, fibras e vitaminas. Os seus benefícios incluem a promoção da saúde cardíaca, regulação do sistema digestivo e fornecimento de energia devido aos seus carboidratos naturais. Além disso, contém nutrientes como vitamina C, vitamina B6 e manganês.

A banana-pão é geralmente adaptável a uma variedade de solos, incluindo aqueles encontrados em Luanda. Prefere solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. É cultivada em várias regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo.
A banana-pão é uma das maiores variedades de banana, com uma casca espessa e polpa firme, sendo uma escolha popular em muitas cozinhas, especialmente em países da América Latina, África e Ásia. A expansão do cultivo da banana-pão ocorreu devido à sua adaptabilidade a climas quentes e húmidos. Ela é consumida de diversas maneiras, desde cozida até frita, e é uma fonte significativa de carboidratos, potássio e outras vitaminas e minerais.
Certifique-se de proporcionar boa irrigação e um ambiente quente, pois a banana-pão prospera em climas tropicais. Antes de iniciar o cultivo, pode ser útil realizar uma análise do solo para garantir que ele atenda às necessidades específicas dessa planta
Temo-la em Viana, Luanda.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

O CUMBO |1|

"O cumbo é, segundo Moisés Malumbo, a menor unidade agrícola familiar entre os ovimbundu, algo também aplicável aos ambundu, cuja família etnolinguística pertenço.

Na escala ascendente, Malumbo coloca: 
a) cumbo (à volta de casa) onde se colhe a verdura imediata;

b) naka (perto, à meia distância de casa) onde se cultivam hortaliças, legumes e tubérculos. A naka é equivalente à zona baixa ou sob regadio.

c) épya (à distância razoável de casa) onde se cultivam bens de consumo permanente e excedentes para permuta e/ou venda.

A minha mulher tem um pequeno descampado anexo ao muro da casa, onde concentrou material de construção para vedação posterior. Vou fazer o meu cumbo e deleitar-me com o crescer das plantas sobrevivas. Já estou vacinado contra o vandalismo da vizinhança: chegam em hordas, arrancam as plantas pelo simples prazer de não deixar o vizinho ter plantas no canteiro ou atrás da casa. Não faz mal. O bem sempre vence!

Inspirado pela irmã Maria De Lurdes Bartolomeu, cuja estufa visitei este mês (Dezembro de 2021), e pela tia Judith Luacute que é apaixonada pelo verde (comestível), iniciei com duas bananeiras que gemiam asfixiadas dentro do quintal por falta de sol. Assim termina o meu 2021."

Três anos depois, chegados a 31 de Dezembro de 2024, confirmo termos comido vários cachos de banana de mesa e de banana-pão, ter alargado o cumbo, semeado milho, sorgo e quiabo, assim como plantado batateira, cana e várias frutícolas e hortícolas em crescimento e expansão, cuja relação permitiram-me alimentar a minha coluna, inicialmente "conversas milhonárias", no Jornal de Economia & Finanças.

A novidade, para 2025, é que o cumbo está a migrar do antigo descampado, agora vedado, para outro pequeno descampado atrás deste. Vamos continuar a contar estórias e partilhar conhecimento e agro-experiências.

Faço votos de que todos os possuidores de pequenos terrenos e quintais ganhem o gosto pelo plantio de árvores frutícolas e ervas comestíveis!

|1| pronuncia-se tchumbô.